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Cotação da tonelada da raiz ultrapassa R$ 750,00

28 novembro 2017

A semana foi marcada por novos reajustes de preços para a raiz da mandioca na região de Paranavaí. Atualização do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura (Núcleo Paranavaí), detectou preço máximo de R$ 754,00 a tonelada, levando em conta o padrão de amido 580 (o preço varia de acordo com o teor de amido).
Há 15 dias a cotação máxima era de R$ 696,00, e de R$ 660 há 25 dias. O preço, considerado o mais elevado em duas décadas, tem variado praticamente todos os dias, como destacou recentemente o diretor de indústria em Paranavaí, Maurício Gehlen.
Um cenário que nem de longe lembra a situação de 2015, quando no auge da crise dos preços, o produtor chegou a fazer negócios a R$ 140,00 a tonelada.
A instabilidade do setor é recorrente e vem sendo debatida em toda crise de superprodução, falta de produção ou oscilação de preço. Essa situação não interessa a produtores e nem à indústria, concordam os integrantes da cadeia produtiva.
A alta interminável nos preços tem razões no campo. A primeira delas é a falta de mandioca para colheita. A segunda é que o produtor concentrou esforços no plantio nas últimas semanas, retomado com a volta da chuva em setembro, depois de estiagem de quase dois meses.
Este cenário provoca aumento no preço da fécula (o principal derivado), redução dos estoques e ociosidade na indústria que nas últimas semanas estava em cerca de 50%.
A cadeia produtiva tem buscado formas de atualização. Uma delas foi o seminário, seguido de dia de campo, anteontem. O evento foi promovido pelo Centro Tecnológico da Mandioca – Cetem, para debater técnicas de aperfeiçoamento da produção. Organizar a cadeia produtiva é um dos desafios, como atesta o coordenador do Cetem, Claodemir Grolli.